Programas que disponibilizam cadeiras anfíbias para que pessoas com mobilidade reduzida possam tomar banho de mar vêm se tornando cada vez mais comuns ao longo do litoral brasileiro. Presentes em praias de pelo menos quinze estados do país, eles costumam ser coordenados pelas administrações públicas locais com a ajuda de ONGs e até de empresas privadas. Na maioria dos casos, é oferecido o chamado “banho de mar assistido”, em que o usuário é auxiliado por salva-vidas ou monitores específicos para essa função. Com rodas especiais, as cadeiras anfíbias, têm boa mobilidade na areia e conseguem flutuar no mar, mas geralmente precisam ser utilizadas com a presença de um acompanhante, que é quem conduz o veículo na água. Em alguns locais, no entanto, há também a possibilidade de se reservar o equipamento por um determinado período a fim de usá-lo de forma autônoma, da maneira que for mais conveniente.
Ainda em 2010, a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) de São Paulo criou, com a ajuda da AME, a primeira política pública a fim de promover a inclusão nas praias, o “Praia Acessível”, projeto que disponibiliza cadeiras de rodas anfíbias para serem utilizadas nos balneários paulistas. O impacto do projeto impulsionou a produção nacional de cadeiras anfíbias, bem como a replicação desse tipo de iniciativa no litoral brasileiro.
Para Marco Pellegrini, ex-secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e especialista em diversidade e inclusão que atua como consultor da AME, as políticas públicas que cumprem o dever constitucional do salvo-conduto inclusivo e digno aos equipamentos públicos e ao meio social tem um grande poder transformador, pois somente a convivência no cotidiano é capaz de eliminar o capacitismo e a intolerância.
Maiores informações sobre os programas de acessibilidade nas praias brasileiras podem ser obtidas aqui. Fonte: Folha de S. Paulo/Foto abertura: Juliano Cavalheiro
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